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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Perfil de Um Líder de Adoração - parte 2 João A. de Souza Filho

Falta de entrosamento entre os músicos Mas não apenas o pecado pode ser obstáculo ao fluir de Deus no culto. Um grupo de louvor pode viver consagrado a Deus e no entanto não consegue fluir pela falta de entrosamento entre os músicos. A Escritura não apresenta nenhum caso de falta de entrosamento, mas mostra que, quando há um perfeito entrosamento entre eles, Deus se faz presente na reunião. Em 2 Crônicas 5.11-14 os músicos e cantores estavam em perfeita sintonia musical e espiritual. Temos, então dois tipos de entrosamento: O natural, onde todos tocam e cantam em perfeita harmonia e o espiritual, quando todos estão afinados com a música do céu! Em Neemias vemos Matanias, dirigindo os louvores em perfeita sintonia com seus irmãos (Ne 11.17; 12.8). Ambos são importantes: afinados entre si e com o Espírito Santo! Noutro artigo quero focalizar a importância de encontrar o tom celestial, o tom de Deus! Falta de entrosamento entre músicos e dirigente Encontramos nos dias de Davi a Quenanias, chefe dos levitas músicos. Ele "tinha o encargo de dirigir o canto, porque era entendido nisso" (1 Cr 15.22). Todos os demais seguiam a orientação dele na grande celebração que se fez quando Davi levou a arca da aliança de volta para Jerusalém. Nos dias de Neemias, Jezraías era o maestro que dirigia os músicos e cantores do templo (Ne 12.42). Não adianta ter bons músicos e um péssimo dirigente ou vice-versa. Deve haver uma perfeita coordenação entre eles. O dirigente comanda e a um sinal seu os músicos sabem em que direção devem seguir. Falta de entrosamento entre dirigente e congregação Se a congregação não está acostumada ao dirigente e vice-versa, se não houver um perfeito entrosamento entre eles, o louvor também não flui. O povo conhece o seu dirigente de louvor. Sabe quando ele está num bom mood, se está bem ou não. O dirigente também conhece a congregação e pode detectar quando esta está cansada fisicamente, afadigada espiritualmente, etc. O dirigente levanta a mão, faz um gesto, usa o tom de voz, e o povo, que o conhece, segue suas orientações! Qualquer gesto seu é correspondido pelo povo que já se acostumou com ele! Esdras afirma que "os levitas ensinavam o povo na lei...dando explicações, de maneira que todos entendessem o que se lia" (Ne 8.7,8; 9.3-5). O dirigente ensina a congregação e esta passa a fluir com ele em tudo o que ele disser e fizer! "Gloriar-se-á no Senhor a minha alma; os humildes ouvirão e se alegrarão. Engrandecei o Senhor comigo e todos à uma lhe exaltemos o nome" (Sl 34.2,3). Juntos eles glorificam a Deus! "Vestirei de salvação os seus sacerdotes, e de júbilo exultarão os seus fieis" (Sl 132.16). Estafa, fadiga e canseira dos componentes do grupo Aqui é bom discutir primeiramente a canseira física. Davi foi bastante sábio quando estabeleceu que cada grupo de louvor ficaria apenas uma hora no templo cantando e adorando a Deus (Veja 1 Crônicas 25). Mais de uma hora e começa a canseira. Imagine os músicos que às vezes tocam em vários cultos no mesmo dia! Existe também um tipo de situação que deixa os músicos abatidos. Eles se esforçam em fazer o melhor para Deus, mas a liderança pastoral não contribui adquirindo o equipamento que eles precisam. Existem pastores que não sabem investir numa boa aparelhagem de som, em retornos para a plataforma, numa boa bateria acoplada à mesa de som, teclados, instrumentos, etc. E essas coisas deixam os músicos desanimados! Nos dias de Neemias os levitas encarregados do serviço do templo, sentiram-se desanimados e foram cada um para sua cidade (Ne 13.10). Foram abandonados pela liderança! Sinto pena de alguns grupos de dirigentes de louvores que fazem o melhor que podem, mas não são correspondidos pela liderança da igreja. É triste quando se tem que fazer "muletas" ou festinhas e almoços para se angariar fundo para equipar a igreja de bons instrumentos e de um bom sistema de som. Isso jamais deveria ocorrer. A igreja deve contribuir e o tesoureiro abrir o cofre! Não é sem razão que muitos de nossos músicos "fogem" para os campos como aconteceu com os levitas no tempo de Neemias. O desânimo e a canseira, são obstáculos ao mover de Deus nas reuniões da Igreja! Estafa, fadiga e canseira da congregação E a análise tem que ser feita no âmbito físico e espiritual. No âmbito físico, o povo pode andar emocionalmente abalado por problemas na congregação e no âmago espiritual o povo pode estar desgastado espiritualmente. O que desgasta espiritualmente uma congregação? Tempo muito prolongado no louvor; pregações muito grandes. Exigências demasiadas para que ofertem e contribuam além de suas posses. Falta de variedade nos temas bíblicos pregados, etc. Uma congregação que não tem expectativa do que vai ocorrer no culto e que já sabe na ponta da língua o que vem a seguir passa a viver dentro de uma rotina; e rotina cansa, tortura, mata e massacra espiritualmente a igreja. Quando o povo não tem mais expectativa de que algo novo pode ocorrer, alguma coisa está errada com a liderança pastoral. A ausência de milagres, de manifestações do Espírito Santo, de uma palavra viva, de conversões, de libertação deixam a igreja fadigada espiritualmente. Consequentemente o louvor não flui. Pode-se ter a melhor e mais treinada equipe de música, os melhores equipamentos, que nada ocorrerá! Lindos corais, muita coreografia e poucos resultados espirituais! "Algo novo vai acontecer; algo bom Deus tem pra nós; reunidos aqui, só pra louvar ao Senhor", diz o cântico traduzido do inglês. Deus é a fonte da motivação. Nos dias de Neemias o povo ofereceu grandes sacrifícios "e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe" (Ne 12.43; 8.9-12). Donald Stoll escreveu o cântico, "Lançarei fora o espírito pesado; me vestirei com as vestes do louvor; e assim eu entrarei na presença do Senhor".

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Perfil de Um Líder de Adoração - parte 1 João A. de Souza Filho

Pastores algumas vezes me perguntam o que observar para selecionar um líder de louvor e adoração. Embora a escolha do líder de adoração seja do Senhor - e Ele nos surpreende algumas vezes - bons líderes de adoração normalmente tem certos requisitos: Radicalmente salvos e andando consistentemente com Cristo. Algumas igrejas, sentem-se apressadas para improvisar sua música, podem se sentir tentadas a indicar líderes de louvor que tenham pouco fundamento espiritual. Enquanto habilidade musical e experiência podem ser muito importantes, isto não deve ser mais importante do que o caráter pessoal e o relacionamento com Deus. Um dedicado estudioso da Bíblia. Nem toda música cristã ou de louvor estão em linha com a Palavra de Deus. O líder de adoração precisa estar fundamentado biblicamente para discernir com que tipo de material, ele ou ela esta alimentando as pessoas. Ser capaz de liderar outros em oração. De tempo em tempo, aqueles que estão no grupo de louvor irão inevitavelmente vir ao líder com problemas precisando de oração. Grupos de adoração devem orar juntos antes dos cultos, "Senhor, nós deixamos tudo que pode nos desviar de te adorar". Com todas as atenções voltadas para o Senhor, eles podem sair e liderar a congregação à presença de Deus. Um líder forte. Se o líder de adoração é apático diante das pessoas, a congregação irá se sentir desconfortável e terá dificuldades de entrar em adoração. As pessoas estão mais prontas a seguir líderes que demonstram confiança e mostram que sabem onde eles estão indo. Líderes de adoração precisam estar prontos para exercer autoridade em várias situações: dizendo as pessoas que é tempo de parar de conversar e começar a adorar; discernindo onde vozes de línguas ou profecias são realmente de Deus; ou segurando alguém que esteja exagerando e distraindo outras pessoas. Um habilidoso músico ou cantor. Davi indicou músicos que eram habilidosos. Isso não significa que é necessário uma graduação em música; mas notas ruins e canções fora do tom devem ser evitados tanto quanto for possível. Músicas com qualidade pobre é uma distração e desvia as pessoas da adoração. Muitos músicos cristãos agem como se eles fossem tão espirituais que não precisassem trabalhar suas habilidades ou treinar e ensaiar suas músicas. Submisso à autoridade. Muitas igrejas tem sido prejudicadas por líderes de louvor que tem suas próprias agendas. Líderes de adoração são subordinados ao Ministério - Deus tem colocado pastores sobre nós. Aqueles que acham que lideram melhor do que o pastor prega precisam lembrar que Lúcifer teve uma decepção igual. Ninguém é mais prejudicial do que alguém que está cheio de orgulho. Um líder de adoração precisa ser conhecedor do seu pastor; sua personalidade, canções preferidas e a visão da igreja. Comunicação é vital. O pastor deve ser conhecedor de qualquer acontecimento no departamento de música. O líder de adoração precisa estar ligado com o que está sendo pregado, assim as canções reforçarão as mensagens. O líder de adoração precisa manter harmonioso o relacionamento com o pastor. Eles devem sempre deixar o pastor em posição favorável diante da congregação. Um efetivo líder de adoração é não apenas alguém que é um bom músico ou cantor que lidera pessoas nas canções. Liderar outras pessoas à adoração requer, primeiro de tudo, que seja um adorador. Como nós genuinamente e passionalmente adoramos ao Senhor, outros também irão compartilhar sua presença. Causas que podem contribuir para que o louvor não flua nos cultos da Igreja Sempre que estou participando de seminários com dirigentes de cultos e com equipes que dirigem o louvor congregacional, a questão que todos querem saber é: O que bloqueia o fluir de Deus no culto da igreja? Os pastores, via de regra, apontam sempre numa direção: pecado no meio do grupo de louvor, alegam, como se não houvesse também pecado entre a equipe pastoral e demais ministros da igreja! Dias atrás tive que me deter no estudo do tema porque foi essa a acusação que os músicos ouviram do líder da igreja: O louvor não flui porque existe pecado entre vocês! Esse tipo de acusação deixa todo mundo desanimado e é um terreno fértil para a acusação de Satanás. Numa reunião em que fui convidado a ministrar para os músicos, estudamos juntos as várias possibilidades de um culto não fluir como todos gostaríamos. Pecado Todos concordamos que o pecado é realmente um obstáculo para a manifestação de Deus, impedindo também que os músicos e dirigentes de louvor sintam-se à vontade. Se um dos pastores da igreja, se alguns dos que exercem liderança congregacional e se na equipe de louvor houver alguém que vive sistematicamente na prática do pecado, pode-se pregar o mais eloqüente sermão, ter a melhor e mais afinada equipe de música, que nada acontecerá. Esses dias um pastor me procurou para que eu o ajudasse a resolver um pecado sério que havia na equipe de louvor: três rapazes da equipe estavam incorrendo em prática homossexual. É preferível ter um violão tocando em três acordes do que músicos em pecado. Em geral os demônios se sentem à vontade no meio de crentes pecadores e inflamam a igreja com o mesmo pecado que a liderança está praticando. Um exemplo: se começam a aparecer muitos casos de adultério, é bom examinar o que está acontecendo com a liderança! “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" (Is 59.2) "Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras" (Am 5.23). "Aos retos fica bem louvá-lo" (Sl 33.1). "Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão..." (Sl 35.27). Como se vê, Deus olha mais para o coração do homem do que para seus talentos! A retidão, vida íntegra e sinceridade de coração são mais importantes para Deus que nossos melhores sacrifícios.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O que é batalha espiritual - Parte 3 FINAL

4 - O "MÉTODO CLÁSSICO" DE BATALHA ESPIRITUAL
Muitos cristãos que escreveram sobre a questão de batalha espiritual ao longo da história não levaram em conta a visão do MME. Descreveram o poder conspirador de Satanás para escravizar o homem ao pecado e à mentira sem que o pecado fosse resultado de "endemoninhamento". Dessa forma, o método clássico de batalha — evangelismo, discipulado e crescimento espiritual — seguiu o modelo de Jesus ao enfrentar Satanás no deserto. Teólogos puritanos, por exemplo, escreveram com frequência e profundidade sobre batalha espiritual. Como escreviam sobre as Escrituras, o diabo e a natureza humana, estavam alertas sobre o mal e as estratégias enganadoras de Satanás. Ao mesmo tempo, fizeram uma análise minuciosa sobre as razões da condição humana. Os puritanos não eram modernos desmistificadores. Viviam em um mundo cheio do Espírito e estavam bem conscientes da batalha espiritual. Viram o combate, as ciladas, as fraudes e as intrigas de Satanás, mas não utilizaram o método de expulsão demoníaca. 5 - ASPECTOS POSITIVOS DO MME Há seis pontos positivos que merecem reconhecimento dentro do sistema MME. a) Reconhecem e desafiam o ateísmo da época moderna. b) Encorajam os cristãos conservadores a redimensionarem o mundo como um lugar espiritual para que a luta pelo reino de Cristo sejam vitoriosa. c) Contestam a noção de que os problemas pessoais das pessoas podem ser reduzidos a fatores puramente psicológicos, sociais, fisiológicos ou circunstanciais. d) Muitos "guerreiros espirituais" demonstram um admirável amor e autossacrifício. e) Mostram que a oração é importante, uma vez que estamos em uma guerra espiritual. Por fim, eles geralmente acreditam e praticam o método clássico de batalha espiritual, na maior parte do tempo. No entanto, algumas características desse recente reavivamento do assunto não são tão boas. Zelo sem conhecimento pode dividir, confundir o corpo de Cristo em vez de fortalecê-lo em sua graça. As "novas verdades" e os "ensinamentos diferenciados" dos ministérios modernos de libertação são mais problemáticos e precisam ser explorados. CONCLUSÃO Os elementos principais do método clássico de batalha espiritual são mais bem representados em Efésios 6.10-20: confiança no poder e na proteção de Deus, observância na Palavra de Deus, obediência irrestrita, oração fervorosa e direcionada e a ajuda dos irmãos. Batalha espiritual contra os poderes do mal é um sair constante das trevas para a luz em meio às trevas que nos rodeiam. Cristãos enfrentam batalha espiritual com arrependimento, fé e obediência. Ao reconhecer a poderosa influência de Satanás sobre o coração do homem', os teólogos seguidores do método clássico não precisaram do evangelismo MME, nem da santificação MME, nem da proteção contra os poderes do mal. APLICAÇÃO Seja criterioso e bíblico ao avaliar os movimentos evangélicos que surgem aos montes. Observe em cada um se o conteúdo é puramente bíblico ou se a base das afirmações e dogmas que os líderes fazem estão enraizadas em experiências e opiniões pessoais. AGRADECIMENTOS Ao do estudo Autor: Mauro Filgueiras e ao Site estudosgospel.com.br

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Oque é batalha espiritual - Parte 2 Mauro Filgueiras

2 - EXERCENDO O MME
O processo de aconselhamento começa quando se detecta um comportamento estranho em alguém, o que estimula à procura de um especialista. Geralmente, o ministro ou conselheiro dedica um tempo para conhecer a pessoa reunindo informações sobre antecedentes e envolvimentos anteriores com ocultismo ou pecados relativos ao mesmo. Geralmente faz- se um levantamento da história da família. Muitas vezes, o ministro suscita a questão do "endemoninhamento" como uma possibilidade, ensinando as noções básicas da batalha espiritual MME. Consagra-se um tempo à oração, na qual o conselheiro clama pelo cumprimento de promessas e pela proteção contra os poderes malignos. A pessoa é chamada a renunciar a alguns tipos de pecado e envolvimento com atividades ocultistas. Após esse momento de oração, possíveis indícios da presença de demônios são detectados. E provável que essa pessoa demonstre tédio acentuado ou antipatia em relação ao seu intercessor. Pode ser que o aconselhado também experimente pensamentos, impulsos, emoções, memórias e fantasias estranhas aos seus desejos, crenças de autoimagem conscientes. Nessa altura, o conselheiro pode suspeitar que os demônios existentes controlem a pessoa em certos aspectos. Está na hora de um confronto no método MME. O praticante desse método tentará identificar os demônios pelo nome, convidando-os a se manifestarem por meio de revelação direta ou de livres associações do aconselhado. Tenta-se identificar o alicerce sobre o qual os demônios conseguiram se estabelecer na vida da pessoa e o direito com o qual conseguem ali manter residência. Essa conversa tanto pode ser com a pessoa como com o demônio. Então, o real confronto acontece: o ministro exerce autoridade sobre os demônios, os amarra e ordena que saiam em nome de Jesus. Em outras formas menos dramáticas de MME, o aconselhado é simplesmente convidado a acreditar nas promessas bíblicas e confessá-las enquanto fazem determinadas preces contra os espíritos malignos. Durante alguns confrontos de poder, há a manifestação de alguns efeitos físicos como espirros, tosses, gritos, vozes bizarras, vômitos e convulsões. Em outros, o aconselhado pode simplesmente relatar uma sensação de alívio. Depois do confronto de expulsão demoníaca, segue-se um discipulado básico como forma de "manter a libertação". Pode- se ensinar técnicas de auto MME a fim de afastar a influência demoníaca. 3 - QUATRO VARIEDADES, UM MOVIMENTO A visão do MME de batalha espiritual tem se desenvolvido desde o final dos anos 60 com quatro variações importantes. Todas partilham características básicas fundamentais, mas divergem em várias particularidades sobre ensino e método. Frequentemente, alguns autores citam favoravelmente uns aos outros dentro desse leque. Os carismáticos foram os primeiros expoentes dessa nova visão de batalha espiritual. O popular livro do pastor Don Basham, Deliver us from evil [Livra-nos do mal], despertou, em 1972, um enorme interesse e notoriedade. Essa versão do MME continua, por exemplo, no ministério de Benny Hinn, escritor de Bom dia Espírito Santo. Os partidários da Dispensação desenvolveram uma segunda variedade do ministério de libertação demoníaca. Dentre autores de livros conhecidos, incluem-se Mark Bubeck, The Adversaty [O Adversário], 1975, Merrill Unger, What Demons Can Do to Saints [O que os demônios podem fazer aos santos], 1977 e Fred Dickason, Demon Possession and the Christian [Possessão demoníaca e o cristão], 1987. Essa variação é um pouco mais restrita, operando mais por meio de aconselhamento particular pastoral e de oração do que por confrontos sobrenaturais com demônios. Uma terceira variação surgiu do que se tem denominado "a terceira onda do Espírito Santo", principalmente nas imediações do Fuller Theological Seminary, com líderes conhecidos tais como John Wimber, Peter Wagner, Charles Kraft, John White e Wayne Grudem. E dada uma maior importância aos "sinais e maravilhas", ao crescimento da igreja e às missões do Terceiro Mundo. A noção de "espíritos territoriais" — demônios que controlam cidades e regiões inteiras — é inovação recente dentro do ensinamento da terceira onda. Uma quarta variação pode ser caracterizada como eminentemente evangélica. Neil Anderson, Timothy Wagner, Tom White e Ed Murphy escreveram recentemente livros introduzindo características do pensamento do MME na perspectiva evangélica mais tradicional. Sua abordagem é distanciada dos sensacionalistas "confrontos de poder" e enfatiza a verdade e a fé como elementos de autolibertação dos demônios existentes. O novelista Frank Peretti possui um lugar especial no movimento do MME. O mundo que ele descreve é mais semelhante aos dos primeiros carismáticos: demônios ocultos por toda a parte e confrontos espetaculares. Mas ele também concede atenção especial aos demônios territoriais. Peretti faz uma precisa distinção entre endemoninhados não cristãos e cristãos cheios do Espírito Santo. O processo de santificação não está ardilosamente ligado a libertações demoníacas como querem crer alguns escritores preocupados com aconselhamento. O objetivo atual não é levantar as diferenças entre essas abordagens, mas interagir com as características comuns. Há um leque de opções entre o relativamente equilibrado e ponderado e o exagerado e, até mesmo em alguns casos, o bizarro. Exemplos de erros teológicos grosseiros e falhas flagrantes no zelo e discernimento pastoral são fáceis de serem detectados. Porém, até certo ponto, o movimento controlou sua própria autocrítica. Muitos adeptos estão atingindo um processo de amadurecimento que aboliu o entusiasmo precipitado da juventude. Tanto individualmente quanto em grupo tem-se procurado evitar confrontos ecbalísticos. Conforme amadurecem, muitos adeptos do MME procuram chamar menos atenção, reduzindo manifestações demoníacas e conversas com o diabo, promovendo um maior diálogo com seres humanos responsáveis. Esse movimento procura levar a Bíblia a sério. A visão ecbalística de ministério, crescimento pessoal e batalha espiritual não é a única visão possível. Na história das igrejas evangélicas, é uma inovação recente e radical. Conteúdo retirado de: estudosgospel.com.br